quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Salvador está impedida de ter Bilhete Único


As principais diferenças entre os sistemas de integração (Bilhete Único e aqui o Salvador Card) no transporte público das 3 maiores capitais brasileiras:

São Paulo:

- O Bilhete Único Paulista pode ser adquirido por qualquer cidadão e permite fazer até 4 viagens no período de 3 horas, ao custo de apenas uma tarifa. Ele pode ser obtido nas lojas físicas, postos autorizados da SPTrans, pontos de venda (bancas de jornal, padarias, mercados e etc.) e em casas lotéricas.

- Pode ser usado em todos os ônibus, micro-ônibus, Metrô e CPTM e nos terminais e estações de transferência do Expresso Tiradentes.

- Não há divisão da cidade em regiões de integração.

Rio de Janeiro:

- Os passageiros poderão realizar duas viagens em um período de duas horas a um custo de apenas uma tarifa.

- O usuário só poderá usufruir da tarifa do Bilhete Único Carioca, após seu cadastramento no site do RioCard, vinculando o CPF ao número do cartão e também é possível conferir a lista dos diversos postos de cadastramento pelo site.

- Não há divisão da cidade em regiões de integração.

Salvador:

- Uma única vez ao dia e dentro de um período de apenas 1h (uma hora) o passageiro, portador do Salvador Card, pode fazer uma "integração" pagando 50% da tarifa no próximo ônibus.

- Além disso, para que a integração acima ocorra é condição obrigatória que o segundo ônibus seja de uma região diferente do primeiro. Para isso a cidade de Salvador foi dividida em 4 grandes regiões, mostradas a baixo:

São Paulo e Rio de Janeiro possuem sistemas eficientes de integração, já aqui em Salvador, foram criadas uma série de dificuldades de modo a não permitir que os detentores do oligopólio dos transporte público tenham perda significativa de receita e a propaganda da integração "meia boca" pudesse ser feita pela submissa Prefeitura Municipal.

sábado, 3 de dezembro de 2011

“Quem pediu para ser metrô fui eu”, diz Wagner

Wagner: BRT iria durar pouco pra o volume de tráfego

Durante a entrevista concedida ao jornalista Fernando Rodrigues, do Grupo Folha, o governador Jaques Wagner tratou sobre a questão do modal escolhido para a Região Metropolitana de Salvador e assumiu abertamente que a decisão pelo metrô em oposição ao Bus Rapid Transit (BRT) foi exclusivamente sua, sem influência de lobby do setor privado. “Quem pediu para ser metrô fui eu. Porque eu achava que BRT era um meio de transporte que ia durar pouco tempo para o volume de tráfego que a gente já tem em Salvador. Fui lá e convenci as equipes e consegui mais dinheiro com a presidenta”, afirmou. Ele tratou do tema ao falar de suspeitas de irregularidades pela decisão. “Não teve licitação feita, não teve empenho nenhum feito. Foi simplesmente anunciado. Aí, já tem a pressuposição que saiu de BRT para Metrô para poder ter uma coisa escusa. Por quê? Metrô, BRT é empreiteira que constrói. Metrô e BRT tem que comprar equipamento. [...] Vieram até me perguntar, eu disse: ‘olhe, se alguém tem culpa nesse caso, sou eu. Porque fui eu que pedi. Porque eu quero um equipamento melhor para lá’”, explicou.