Atual trem do subúrbio que deverá ser transformado em VLT |
Durante o anúncio do pacote de obras para melhorar a mobilidade de obras de Salvador, ocorrido no dia 27/03/14, no Centro de Convenções da Bahia, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, revelou que o governo federal já assegurou R$ 600 milhões para a transformação dos atuais trens do Subúrbio Ferroviário em sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT).
De acordo com o secretário, a ligação entre os bairros de Paripe e Calçada será estendida ao Terminal da França, no Comércio. A licitação será realizada, ainda no primeiro semestre deste ano. Além do VLT, os suburbanos contarão com uma faixa de BRT que se encontrará com a Avenida 29 de Março. "Será um modal importantíssimo para a população do Subúrbio", pontuou. Costa diz que tem dialogado com a prefeitura para fazer mais uma via, com dois quilômetros e um túnel, na altura da Base Naval, no Comércio, e interligação a duas pernas de tráfego para a Estação da Lapa e a Barra, nas proximidades do shopping.
As obras confirmadas no evento, no valor de R$ 1,3 bilhão, serão divididas em duas frentes de trabalho, com prazo final de entrega em 36 meses. "Mas vamos entregar em etapas para a população. São 21 quilômetros de avenidas, seis pistas da Orlando Gomes [Orla] à 29 de Março até Águas Claras, e duas segredada exclusivas", observou o secretário, ao detalhar que haverá ainda um túnel na Avenida Paralela, próximo ao Estádio de Pituaçu, que se integrará a um mergulho entre a Pinto de Aguiar, em Patamares, e a Gal Costa, em Pau da Lima. A primeira etapa compreende o complexo de viadutos nas imediações do Bairro da Paz e a segunda uma intervenção para a abertura de uma estrada do Lobato à Estação Pirajá, com a criação de um túnel em um morro da região. Rui Costa lembrou ainda que o início da operação assistida (em teste) do metrô – do Retiro à Lapa – ocorrerá em junho, em plena Copa do Mundo. A expectativa é a de que, em setembro, o modal tenha atividade comercial.
Exemplo de VLT utilizado em Maceió-AL |
Fonte: Bahia Notícias
Um comentário:
Uma das melhores formas de modernizar e atualizar os sistemas de trens de passageiros em locais em que ainda se utilizam da bitola métrica é a implantação de bitola em 1,6 m a exemplo do que acontece nas maiores metrópoles brasileiras, observando, uma foto frontal postada, como destas composições de Salvador-BA, Teresina-PI, Campos do Jordão-SP e o bonde Santa Teresa-RJ em bitola de 1,1 m, e que já sofreram múltiplos descarrilamentos e com mortes, pode se visualizar a desproporção da largura da bitola, 1,0m com relação largura do trem “l”=3,15 m x altura “h”= 4,28 m ( 3,15:1) conforme gabarito, o que faz com que pequenos desníveis na linha férrea provoquem grandes amplitudes, oscilações e instabilidades ao conjunto, podendo esta ser considerada uma bitola obsoleta para esta função, tal situação é comum na maioria das capitais no nordeste, exceto Recife-PE.
Para que esta tarefa seja executada sem grandes transtornos, inicialmente devem ser planejadas e programadas as substituições dos dormentes que só permitem o assentamento em bitola de 1,0 m por outros em bitola mista, (1,0 + 1,6 m ) preferencialmente de concreto, que tem durabilidade muito superior ~50 anos, principalmente os que possuem selas, para após realizar a mudança, observando que para bitola de 1, 6 m o raio mínimo de curvatura dos trilhos é maior .
Entendo que deva haver uma uniformização em bitola de 1,6 m para trens suburbanos de passageiros e metro, e um provável TMV- Trens de passageiros convencionais regionais em média velocidade, máximo de 150 km/h no Brasil, e o planejamento com a substituição gradativa nos locais que ainda não as possuem, utilizando composições completas, já com ar condicionado que as concessionárias colocam periodicamente em disponibilidade em cidades como Teresina-PI, Natal-RN, Maceió-AL, João Pessoa-PB, Salvador-BA que ainda as utilizam em bitola métrica, com base comprovada em que regionalmente esta já é a bitola nas principais cidades e capitais do Brasil, ou seja: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, e Curitiba (projeto), e que os locais que não as possuem, são uma minoria, ou trens turísticos.
Assim como foi feito em São Paulo, que se recebeu como doação, composições usadas procedentes da Espanha na qual originalmente trafegavam em bitola Ibérica, de 1,667m, e que após a substituição dos truques, (rebitolagem) trafegavam normalmente pelas linhas paulistanas em 1,6 m, com total reaproveitamento dos carros existentes, o mesmo poderá ser feita com estes trens que trafegam nestas cidades do Brasil, lembrando que este é um procedimento relativamente simples, de execução econômica, com grande disponibilidade de truques com motores elétricos de baixo consumo e recuperação de parte da energia elétrica na frenagem no mercado nacional e facilitando a manutenção e expansão dos serviços, uma vez que todas as implantações das vias férreas pela Valec no Norte e Nordeste rumo ao Sul já são nesta bitola.
Esta será uma forma extremamente econômica e ágil de se flexibilizar, uniformizar, racionalizar e minimizar os estoques de sobressalentes e ativos e a manutenção de trens de passageiros no Brasil.
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